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ABRIL, 2017
 
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Edema
 
Tipos, Causas e Tratamento
 
 
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Edema é um aumento de volume palpável causado pela expansão do volume do líquido intersticial, podendo haver aumento de vários litros antes que se torne clinicamente visível.
 
 
 
O edema pode ser localizado – usualmente mais frequente, nos braços e/ou pernas – ou generalizado podendo atingir a fase de anasarca – edema maciço e generalizado e pode ou não apresentar cacifo/Sinal de Godet(1).

(1) Termos utilizados para designar a depressão decorrente de uma pressão de cinco segundos – normalmente realizada com um dos dedos das mãos sobre a área edematosa – sendo que essa depressão tende a desaparecer lentamente quando o teste é positivo
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Separam-se da definição geral de «edema» a ascite e o derrame pleural (hidrotórax) sendo estas consideradas formas especiais e localizadas de edema, respectivamente por acumulação de líquido no peritónio e nas cavidades pleurais.

Nas causas gerais de edema podemos distinguir:
 
Generalizado
   • Cardiopatia
   • Hepatopatia
   • Nefropatia
Localizado
   • Inflamação
   • Hipersensibilidade
   • Obstrução venosa
     (tromboflebite, trombose venosa)
   • Obstrução linfática
     (filariose, ressecção de linfonodos regionais)
 
Como outras causas incluem-se o hipotiroidismo, hiperadrenocortismo exógeno, gravidez (atenção à hipertensão arterial nestes casos pois pode ser indicativo), estrogenioterapia e diversos fármacos como vasodilatadores (em particular a nifedipina), AINEs, ciclosporina, esteróides e interleucina-2.

As causas de edema sem cacifo são o linfedema (tumefação de algum órgão do corpo, decorrente da perturbação ou obstrução na circulação linfática) ou mixedema pré-tibial (manifestação cutânea autoimune que ocorre em cerca de 0,5 a 4,3% dos pacientes com diagnóstico de doença de Graves – apresentam evidências laboratoriais de doença tiróideia auto-imune).

Em doentes com edema localizado de instalação aguda no membro inferior dever-se-á excluir a possibilidade de uma trombose venosa profunda.

Para ajudar a diferenciar as possíveis etiologias do edema generalizado, utiliza-se a pressão arterial que, quando diminuída apontará para cirrose e se aumentada indica uma provável insuficiência cardíaca ou doença renal (retenção de sódio ou síndrome nefrótica), não sendo no entanto um indicativo para 100% dos casos.

Uma dieta pobre em proteínas por um período prolongado pode causar hipoproteinémia e edema que pode ser intensificado pelo desenvolvimento de cardiopatia devida a insuficiência em tiamina.

Além da hipoalbuminémia, também a hipocalémia e o déficit calórico podem estar envolvidos no edema da desnutrição podendo o edema agravar-se quando se retoma dieta adequada por aumento de sal o qual é retido juntamente com água (edema da realimentação), podendo este também estar relacionado com um aumento da secreção de insulina, que eleva directamente a reabsorção de sódio tubular.

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A insuficiência cardíaca congestiva pode também causar edema periférico e edema abdominal (ascite), já que o coração se encontra demasiado fraco para conseguir bombear o sangue por todo o corpo e, assim, este acumula-se na área junto a ele, bem como edema pulmonar (verificado por dispneia, taquipneia, tosse). No caso de doentes acamados o edema pode mostrar-se nas costas (edema sacral).
 
A insuficiência venosa (e a presença de veias varicosas) pode ser causadora de edema nos pés/tornozelos/pernas pois as veias poderão estar limitadas no transporte de sangue de volta ao coração, acumulando-se, sendo o plasma forçado a sair das veias para os tecidos circundantes.
 
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Quando o edema tem como causa a doença renal, é usual a verificação de edema à volta dos olhos e pernas dada a incapacidade em remover sódio e água e quando é originado por cirrose ou inflamação hepática é usualmente acompanhado por ascite.

No edema idiopático (que ocorre quase exclusivamente em mulheres), verificam-se episódios periódicos e sem relação com o ciclo menstrual os quais são frequentemente acompanhados de dilatação abdominal em oposição ao edema cíclico/pré-menstrual que ocorre por estimulação excessiva dos estrogénios, levando à retenção de água e sais minerais (especialmente o sódio).

No caso do edema generalizado causado por retenção de líquidos, os sinais incluem inchaço das mãos, pés e/ou face, sendo que estes são usualmente temporários e podem acontecer devido a passar muito tempo sentado ou de pé, sendo comum após vôos longos ou em indivíduos que trabalham de pé/andar.
 
 
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Assim, o edema pode ser:
 
Situação leve e temporária causada por retenção de líquidos que tratar-se-á por si só
 
Um sintoma de afecção séria que necessite de tratamento urgente
 
Uma condição que pode tornar-se crónica e severa
 
Reacção adversa medicamentosa ou imuno-alérgica
 
 
 
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Sinais de edema mais comuns:
 
Braços/pernas pesadas/cansadas
 
Inchaço na perna(s)/braço(s)
 
Sinal de Godet
 
Roupa/joalheria cria incómodo/pressão
 
Sensação de pressão/calor nas áreas afectadas
 
Diminuição da flexibilidade/movimento na área afectada (usualmente quando junto à articulação)
 
Aumento da pressão ou dor na área afectada
 
 
O tratamento do edema constistirá em reverter a causa subjancente, restringir sódio da dieta e usualmente incluirá diureticoterapia devendo estes ser utilizados com especial atenção (acompanhado por médico/terapeuta) pois em doentes com edema causado por insuficiência venosa, obstrução linfática ou ascite por neoplasia maligna, o fluido do edema poderá não ser mobilizado após a redução do volume plasmático originado pelo diurético.
 
Alimentação
 
 
 
 
Um consumo elevado de alimentos ricos em sódio pode levar à retenção de líquidos portanto, a primeira alteração a fazer será (de acordo com os indicativos da Mayo Clinic) limitar o consumo a um máximo de 2,3g/dia (valor para adultos saudáveis).

Os alimentos processados (carnes, hidratos de carbono/cereais), enlatados, fast-food e pré-cozinhados, sumos vegetais e lacticíneos, usualmente de venda comercial mesmo os que se afirmam light ou de dietaou ricos em fibra, apresentam elevados teores em sódio e deverão por isso ser evitados, bem como qualquer outra forma de processamento químico alimentar incluindo molhos e condimentos (soja, mostarda, maionese, ketchup, misturas de temperos).

Os refrigerantes, bebidas alcoólicas e a gordura trans usual nas refeições de restaurante deverão também ser limitadas ao máximo possível, de forma a evitar açúcares, sal e óleos hidrogenados os quais contribuem largamente quer para a etiologia quer para a sintomatologia de qualquer que seja o tipo de edema.

Cereais integrais, vegetais de folha verde escura, couves e algas são algumas das fontes preferenciais para aumentar a vitamina B a qual fortalece os vasos sanguíneos e previne a fuga de plasma para os tecidos circundantes, e ferro, que auxilia a correcta oxigenação a qual origina uma melhor fluidez do sangue.

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Damos ainda especial atenção aos vegetais e frutas com acção diurética como feijão verde, abóbora, uvas, beterraba, salsa, espargos, ananás, alho e alho-francês, bem como aipo e limão.

Ao mesmo tempo, recordamos a importância das gorduras saudáveis como o azeite, óleo de coco e até mesmo a manteiga (de qualidade e em moderação pode ser óptima fonte de vitamina D também), da banana como fonte de potássio e de todos os alimentos ricos em vitamina C e outros antioxidantes como os vegetais e frutas coloridas.

Deverá ainda ser realizada uma bateria de testes de imuno-alergologia de forma a identificar (e desta forma poder retirar) alimentos passíveis de reacção alérgica a qual pode levar a edema.
 
Fitoterapia e/ou Nutrientes benéficos
 
 
 
 
 
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Como suplementação sugerimos antioxidantes (como glutationa, vitamina C e CoQ10) e plantas diuréticas e ricas em proantocianidinas (como a arenária, dente-de-leão, bétula, lespedeza, zimbro e grama-francesa ou até extracto de semente de videira).
 
 
Hábitos de vida, outras Terapias & Sugestões
 
 
 
 
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Evitar excesso de peso;
 
Exercício físico (natação, hidroginástica, caminhadas)
 
Ingestão hídrica correcta de cerca de 1 copo de água de 2 em 2 horas
 
Massagem de drenagem linfática suave
 
Reflexologia; Hidroterapia; Aromaterapia de redução de stress, eliminação de depósitos minerais e ácidos nas articulações
 
Terapias de redução de stress (musicoterapia, biofeedback térmico, mindfulness)
 
Nas outras terapias incluimos a massagem drenática suave ou massoterapia, acupunctura, hidroterapia de quente/frio bem como a inclusão de meias de compressão (ou técnicas manuais de compressão) e a elevação das pernas sempre que possível
 
Como sugestões apresentamos o exercício físico moderado (combater o sedentarimos/inércia)
 
 
Produtos com ação benéfica
 
 
 
 
 
 
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